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Ontem eu fui naquela tal festa que me chamaram, eu esperava te ver lá fraco, chorando a minha perda. Então entrei no salão fingindo toda confiança do mundo, e te vi sorrindo com outra. Andei a festa inteira fazendo a social, bancando a legal e tomando um drinque ou outro pra ver se eu conseguia aguentar. Mas foi quando eu cheguei em casa, tirei toda a maquiagem e deitei na minha cama eu comecei a ver o quanto você me afetava ainda. Eu senti mais do que nunca a saudade de suas piadas sem graças, do jeito como você sorria torto quando a gente tinha pensamentos maléficos, de como eu sempre arranjava uma desculpa para te abraçar. Então eu estava decidida a te esquecer e ter uma noite tranquila de sono, eu lembrei das madrugadas que ficavamos rindo de qualquer idiotice, da forma que arranjavamos assunto desesperadamente porque não queriamos perder a companhia um do outro. Era realmente mágico. Mas então eu tive medo de te perder, lutei pra não dizer tudo o que sentia. E olha a ironia , de tanto te querer eu te acabei te perdendo. Talvez você algum dia seja apenas mais um nada em minha vida como eu me tornei na sua.

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Cada dia que passa eu tenho a certeza que o amor não é para mim. É incrível como eu sempre me apaixono pelo cara errado, como sempre acabo em algo que não vai levar em nada. Eu queria saber meu problema realmente. O amor parece tão simples para a maioria das pessoas, e casais que nasceram para ficar juntos ficam. Mas comigo, o cupido parece pregar uma peça. Talvez eu não mereça o tal do foram felizes, nem precisava ser para sempre. Parece que quanto mais eu amo uma pessoa mais eu consigo afastá-la de mim. Falta-me capacidade de construir algo permanente, falta palavras para dizer o quanto alguém é importante para mim. Talvez o amor seja apenas para aquelas histórias de televisão e livros, ou até mesmo o amor seja um jogo de azar que eu não sei jogar.

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