Esses dias eu vi um carro igual ao do seu pai passando na rua do meu trabalho. Vi alguém usando a fatídica jaqueta listrada. Te vi em tantos lugares, mas você não estava em nenhum deles.
Tenho me perguntado se "It's my life" continua sendo o seu hino pessoal. Aprendi a ouvir Bon Jovi por você. Até hoje, tem dias que choro ouvindo Always.
Sabia que nunca consegui ler Morangos Mofados por que me lembra de você sentado no ônibus fingindo que não me conhecia?
Há tanto de você em mim. Você deixou os seus rastros na minha história.
São doze anos e parece que foi ontem. O seu nome é um que não consigo pronunciar sem chorar, sem que me destrua um pouco por dentro.
Dizer que eu nunca mais amarei alguém como amei você passou de um mau presságio para uma prece.
Nos meus sonhos, de vez em quando você volta para me assombrar. Você tenta me devolver aquilo que te dei, mas você não tem isso em você.
Fui eu quem peguei emprestado: a sua jaqueta, os seus gostos, as migalhas de afeto.
Você nunca vai embora, não de verdade. Você é a ferida que sempre sangra.
Soube que você realizou um sonho e estou realmente feliz por você. Depois de tudo, não tenho em mim para te odiar.
Um dia, quem sabe, a gente consiga se dizer adeus.
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