Eu cresci com pessoas que cercavam me dizendo que eu era inteligente, não como um mini gênio ou coisa do tipo, eu só tinha facilidade de compreender e observar as coisas. Talvez, essa minha pequena habilidade de observar o mundo me ajudou a ser quem sou hoje, colocar um pouco de razão em cada coisa que observo. As pessoas mais emotivas e empiristas podem dizer que usamos a razão para esconder o medo, em alguns certos momentos eu até poderia concordar com isso, mas sendo racional eu encontro explicações que talvez um coração tolo e cansado jamais conseguiria.
Durante todos esses anos jovens de minha vida, eu vi minhas amigas procurando um cara que as completassem, talvez com os anos elas achem o príncipe encantado e que façam elas terem aquela vida utópica onde as pessoas nem mesmo são felizes de verdade, mas por medo de encarar a realidade e talvez até mesmo de recomeçar criam uma estória que mascarem os fatos, e tcharam: parabéns você encontrou sua falsa vida perfeita.
Já faz anos que eu desisti dessa ideia louca de alguém me completar, porque essa pessoa teria que estar tão despedaçada que nem se daria ao trabalho de pensar em amor. E não é obrigação de ninguém tentar arrumar tudo o que você não conseguiu ser, duas pessoas deveriam estar juntas porque apesar de tudo de errado um ama os defeitos do outro.
O amor deveria ser suficiente para que duas pessoas ficassem juntas, mas não é. Se fosse, essas escritoras de botequim teriam livros e livros para escrever sobre suas vidas perfeitas, e todo mundo as adorariam. Aliás, que sorte tem essas escritoras que fazem isso pelo prazer, e não pela necessidade. Porque não tem coisa mais triste de ter que recorrer a uma folha de papel para se dizer o que se sente. De toda noite ir rezando para todos os santos o fazerem ler um texto seu e lá encontrar todas as palavras que você guardou por anos.
Eu morro de dó das minhas folhas tão rabiscadas de versos de um coração velho, aqueles que me fluem quando ser racional não é suficiente, quando todas as forças do Universo lhe caem sobre os ombros e nada parece estar no lugar.
Talvez, eu esteja bem perto da loucura já que o mundo se apresenta de ponta cabeça,ou, é aquela fase em que nada está bom e demagogia, seja ela para a vida ou para o amor, me dá sérios embrulhos estomacais.
Dirá alguns que o amor é arma mais perversa do homem, outros dirão que este é a salvação, pois está escrito e não se deve questionar, pois a rotina nos traz a sensação de segurança e conforto que tanto precisamos. Então, este é o momento onde eu me calo e deixo que a hipocrisia que reina sobre você deixe que continue a ler ou pare por aqui.
De discursos bonitos e falsos sentimentos a sociedade está cheia, prefiro meu isolamento, minha amargura a dizer para todo mundo que é feio e dizer o que fazer deve ser feito sem mesmo eu cumprir com isso. Ser autentico em uma sociedade em que implica que sejamos todos iguais, é como ser honesto hoje em dia, ninguém dá mais valor.
Então sigo meu caminho, tentando achar respostas para coisas que me incomodam, e sabe uma das coisas mais importantes que eu aprendi na vida? Deixa acontecer, um dia o mundo te faz pagar por cada vez que você pisar na bola.
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