Ontem eu fui naquela tal festa que me chamaram, eu esperava te ver lá fraco, chorando a minha perda. Então entrei no salão fingindo toda confiança do mundo, e te vi sorrindo com outra. Andei a festa inteira fazendo a social, bancando a legal e tomando um drinque ou outro pra ver se eu conseguia aguentar. Mas foi quando eu cheguei em casa, tirei toda a maquiagem e deitei na minha cama eu comecei a ver o quanto você me afetava ainda. Eu senti mais do que nunca a saudade de suas piadas sem graças, do jeito como você sorria torto quando a gente tinha pensamentos maléficos, de como eu sempre arranjava uma desculpa para te abraçar. Então eu estava decidida a te esquecer e ter uma noite tranquila de sono, eu lembrei das madrugadas que ficavamos rindo de qualquer idiotice, da forma que arranjavamos assunto desesperadamente porque não queriamos perder a companhia um do outro. Era realmente mágico. Mas então eu tive medo de te perder, lutei pra não dizer tudo o que sentia. E olha a ironia , de tanto te querer eu te acabei te perdendo. Talvez você algum dia seja apenas mais um nada em minha vida como eu me tornei na sua.
Era uma sexta-feira à noite, estávamos parados de lados opostos da calçada esperando o regresso de um casal amigo nosso, o silêncio já estava tornando-se constrangedor. Ele repara pela primeira vez que meu cabelo está muito diferente desde a última vez que nós nos vimos, faz uma comparação saudosista, ainda que tímida, de quando eu estava com ele todo bagunçado em uma apresentação da escola. Por todo o caminho no carro, trocamos apenas amenidades, falamos da dificuldade de nos tornarmos adultos, relembramos apenas situações não muito profundas, tudo muito casual e raso. Então ele se senta estrategicamente perto o suficiente para que pequenos toques aconteçam. Assistimos o casal da mesa brigar por pequenas coisas e, entre minhas risadas, encontro o olhar dele e lhe pergunto implicitamente se teríamos acabado assim, então ganho como retorno um daqueles sorrisos enigmáticos que mais me enchem de perguntas do que me dão uma resposta. A conversa de bar acaba virando o nosso típico “c
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